sexta-feira, 30 de outubro de 2015

XX Governo Constitucional

Hoje tomou posse o novo governo, aquele que corresponde à vontade expressa dos Portugueses nas eleições de 5 de outubro.

É certo que se trata de uma maioria relativa, uma vez que o PS de António Costa não soube, no meu entendimento, interpretar os resultados das eleições e, em vez de se aliar à coligação PàF decidiu “piscar os olhos” à esquerda.

O claro vencedor das eleições foi, sem dúvida, Pedro Passos Coelho, com 39% dos votos, sendo secundado pelo PS de António Costa com 32%, o que perfaz 71%, sendo esta a maioria expressa nas urnas e preferida pelos Portugueses. Tudo o resto é uma falácia política e um verdadeiro “tiro no pé” na credibilidade da política e dos políticos. 

É verdade que Pedro Passos Coelho prometeu e não cumpriu aquando das últimas eleições, e perdeu-se uma grande oportunidade para Mudar Portugal, mas também é verdade que governou e foi julgado pelos Portugueses, tendo estes renovado a vitória eleitoral.

Creio que a chave do sucesso centrou-se em três factores: i) a recusa da demissão do “irrevogável” que o deixou de ser num ápice; ii) a coligação pré eleitoral entre o PSD e o PP; a presumível intenção do PS em aliar-se aos restantes partidos de esquerda. 

Foi a conjugação destes três factores que me fizeram votar como habitualmente, de consciência tranquila, tendo a campanha eleitoral sido fundamental e fez-me repensar. Face às atuais circunstâncias de podermos vir a assistir a uma “coligação de derrotados” ainda bem que assim foi. 

Agora, estamos perante um governo minoritário, como tantos outros, mas é imperioso respeitar a vontade dos eleitores, colocando o serviço público acima dos interesses pessoais e dos próprios partidos. 

Em boa verdade, quem votou no PS, não votou na CDU nem no BE, até porque se contradizem no essencial quanto ao euro, à sociedade de mercado, à renegociação da dívida e ao cumprimento do tratado orçamental.

“Glória aos vencedores e honra aos vencidos”, mas, para tal, é preciso saber ganhar e saber perder. 

Força Portugal.