quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Literacia digital

Já não é uma questão de moda, pois, nos dias de hoje, a literacia digital é uma forma de se promover uma cidadania ativa, que se quer simultaneamente informada, dinâmica e inovadora. Por isso mesmo, regista-se um crescimento no uso das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas mais diversas áreas da sociedade e do conhecimento, designadamente no âmbito da cidadania e da educação.
No que diz respeito à cidadania, importa aceder às TIC para o seu exercício pleno, pois os meios digitais, não só favorecem a responsabilidade e a democracia participativa, mas também contribuem para a construção de pontes e articulações produtivas através de diversas práticas. Não é por acaso que hodiernamente existe mais do que um portal, como o das finanças, da justiça, da saúde, entre outros, bem como diversas plataformas digitais e questionários online, para além do indispensável e-mail e das redes sociais. Mesmo em termos de promoção do emprego, as competências digitais são uma mais-valia, pois protegem a empregabilidade ao proporcionar trajetos de mobilidade ascendente e ao diminuir significativamente o risco e a duração do desemprego, contribuindo, também, para o aumento das probabilidades de reinserção no mercado de trabalho.
Em termos de educação, é de realçar que muitos são os professores com formação nas novas tecnologias, atendendo ao seu carácter inovador e à necessidade de acompanhar novas realidades educativas, com o intuito de ver transformadas as práticas letivas na sala de aula e a organização de gestão dos recursos humanos. Isto é manifesta prova de recetividade e disponibilidade por parte do corpo docente das escolas, no sentido de dar um passo em frente e de acompanhar o tempo moderno, numa aventura tecnológica diferente e inovadora. Por isso, nunca é demais ressalvar a categoria com que os professores responderam à necessidade do ensino à distância a que estivemos sujeitos devido à pandemia Covid-19.
Neste contexto, considera-se que este tipo de projetos, com recurso às TIC e à utilização de dispositivos móveis, privilegiando experiências pedagógicas com recurso às ferramentas digitais, favorece a articulação de conteúdos entre as mais diversas disciplinas, das ciências às humanidades, tornando mais motivadoras e apelativas as aprendizagens dos alunos. Todavia, convém salientar que o ensino não pode ser só isto, uma vez que o conhecimento da literatura, das ciências e das artes é essencial. Mas muito mais importante que tudo isto é a parte humana. Esta não pode, de facto, ser descurada. Os aspetos relacionais, presentes no contacto com os alunos e na relação interpessoal, presente na escola e na sociedade em geral, são insubstituíveis.
Entender a literacia digital como um parceiro imprescindível na vida de cada pessoa é essencial, mas pensar que esta substitui as relações humanas não é admissível. Haja razoabilidade e bom senso, sem medo de novos saberes nem dos computadores! De qualquer modo, e porque as novas tecnologias estão em permanente evolução, são necessárias novas competências, porém, urge investir seriamente nas infraestruturas informáticas necessárias aos alunos e ao funcionamento das escolas.

Texto publicado no dia 10 de dezembro de 2020, no jornal ON "Odivelas Notícias" (link)

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Exclusividade de Esquerda


Após os primeiros resultados das eleições legislativas regionais nos Açores, realizadas no passado dia 25 de outubro, desejei intimamente que os partidos à direita do PS se entendessem de modo a poder governar, o que veio a confirmar-se dias depois.

Por um lado não percebo tanta perturbação com o Chega! Que António Costa o valorize, na AR, por uma questão tática, de modo a tentar desgastar o PSD, tirando-lhe o protagonismo, ainda posso compreender. Agora que um cidadão comum o fique a sobrevalorizar, não me parece bem. Na minha opinião, o BE e o Chega são idênticos na sua ação, pois agarram-se a temas trending para dar nas vistas. Assim como não digo que o BE é de extrema esquerda, também não digo que o Chega é de extrema direita, nem tão pouco isso é, para mim, o mais importante. De facto, são partidos legítimos, reconhecidos pelo Tribunal Constitucional. Mas, continuando nos factos: De facto, quando Pedro Passos Coelho ganhou as eleições em 2015, não vi António Costa, nem outros socialistas, indignados quando formaram a conhecida “geringonça”, com acordos com a esquerda. De facto, o PSD formou uma coligação de governo, tal como já aconteceu no passado, em 1980, com o CDS-PP e com o PPM e não com o Chega. E "contra factos não há argumentos".

Por outro lado, analisando os críticos deste acordo, percebo a sua indignação. Por parte dos socialistas, estes têm-nos habituado a contradições permanentes na sua ação, quer naquilo que eles podem fazer e os outros não, tomando como exemplo a formação de um governo da República Portuguesa sem terem ganho as eleições legislativas, quer na “palavra dada, palavra honrada”, tantas vezes contradita. Acresce ainda referir, neste contexto, o desconfinamento desajeitado e repleto de incoerências que ninguém consegue explicar e compreender. Também percebo a indignação de alguns socias democratas que estão, desde o seu início, contra a liderança de Rui Rio, pois anseiam pela sua oportunidade, eventualmente a pensar no seu umbigo, acrescida da de Pacheco Pereira que, realmente, nunca foi de direita. Aqui há honestidade intelectual! Nada mais. Porém, permitam-se discordar desta argumentação.

Em termos de conclusão, questiono: Afinal qual é o espanto? André Ventura foi candidato pelo PSD a uma Câmara Municipal e, por isso, com ele terá algumas afinidades. O PSD, nos Açores, chegou a um acordo baseado em quatro situações com as quais quase todos concordamos. Uns podem e outros não? Afinal apregoam a inclusão, mas reina a exclusão. Terá a esquerda a exclusividade? Será que defendem casamentos tendenciosos? Será que também eu sou fascista?

Texto publicado no dia 25 de novembro de 2020, no jornal ON "Odivelas Notícias" (link)

domingo, 8 de novembro de 2020

Marcelo candidatar-se-á?

Muitos dão como certa a candidatura de Macelo Rebelo de Sousa à Presidência da República,
porém tenho algumas dúvidas que isso venha a acontecer.
Atendendo a recentes nomeações, no âmbito de algumas instituições ou cargos estatais, é
legítimo colocar tal hipótese, uma vez que, com o aval do Presidente da República, tem
prevalecido o argumento de que os cargos devem ser de um só mandato. Como exemplos,
temos: a defesa de um só mandato presidencial, por parte do atual PR, em 2014, à época
comentador televisivo, alegando que “nunca é positivo” sujeitar um Presidente a uma
reeleição; a defesa “há 20 anos” de um só mandato para o cargo de procurador-geral da
república, tendo ratificado o nome de Lucília Gago, sob proposta do governo de António Costa,
para substituir Joana Marques Vidal, em 2018; a nomeação de José Tavares pelo PR, também
sob proposta do governo de António Costa, como presidente do Tribunal de Contas,
decidindo-se pela não recondução de Vítor Caldeira no cargo. Tudo isto, atentando no
princípio da unidade, conduz a uma não candidatura por parte do atual Presidente da
República.
Todavia, a atual circunstância de pandemia que vivemos poderá ser invocada e suportará o
argumento de extrema relevância para a nação, fazendo com que Marcelo Rebelo de Sousa se
recandidate, tendo, para já, o apoio antecipado do PSD.
Assim, num tempo em que os políticos deixam, cada vez mais, muito a desejar, também
porque, por vezes, argumentam como lhes convém, resta-nos esperar para com as dúvidas
acabar. Sabendo que, por vezes, muitos fazem de conta que estão preocupados com a
abstenção, fazem de conta que estão preocupados com o povo, fazem de conta que estão ao
serviço dos outros e, em determinados momentos, até se vitimam, é caso para perguntar:
Marcelo candidatar-se-á?


Texto publicado no dia 5 de novembro de 2020, no jornal ON "Odivelas Notícias" (link)

domingo, 25 de outubro de 2020

Covid nas escolas

Eu sou aluno, encarregado de educação, assistente operacional ou técnico, professor. Como agir em plena pandemia? Face a este tremendo vírus, muitas são as dúvidas que se nos deparam no dia-a-dia, porém, em primeiro lugar, há que manter alguma sanidade mental. 

Se há verdade incontestável proferida por António Costa é a de que “a escola, em si, não transmite o vírus a ninguém”. De facto, tem toda a razão. Nem a escola, nem os transportes públicos, nem tão pouco os anfiteatros ou as praças de touros... Assim, e tendo essa certeza, temos que saber viver com ele. 

De acordo com o virologista Pedro Simas, devemos evitar contactos próximos, espaços fechados e espaços lotados. Para o efeito, está recomendado o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social. Além disso, todas as escolas procederam a alterações significativas na sua organização para voltar ao ensino presencial. 

Importa ainda referir que estas normas estão ao alcance de todos e, deste modo, podemos prevenir a principal forma de transmissão da Covid-19. Neste contexto, urge que cada um cumpra a sua parte, de uma forma responsável e respeite maximamente as diretrizes de quem gere estas situações. Se cada um souber ocupar o seu lugar, respeitando as orientações de quem compete decidir, tudo será mais fácil. 

Em termos muito práticos, quem estiver suspeito deve comunicar à escola. Esta, por sua vez, entra em contacto com a Autoridade de Saúde Local e segue as indicações que lhe são dadas. Aqui termina a ação da escola. Tudo o que se segue é da responsabilidade dos técnicos de saúde. Estes é que decidem sobre o isolamento profilático, sobre os testes a realizar e sobre como agir em função dos resultados e do seu enquadramento. Não adianta nada stressar e complicar ainda mais a situação. As normas estão definidas e temos que aprender a lidar com a situação. 

Por último, salienta-se realçar que uma coisa é certa: o número de desafios da educação aumentou com esta pandemia da Covid-19. Neste sentido, aquilo que de nós depende, merece o nosso melhor empenho. Quanto ao demais, importa respeitar as decisões de quem compete decidir. Confiemos nas escolas e nas autoridades de saúde.

Texto publicado no dia 22 de outubro de 2020, no jornal ON "Odivelas Notícias" (link)

domingo, 11 de outubro de 2020

Ano letivo 2020/2021: arranque sui generis.

 

“A escola está diferente!” – Dizem os alunos. E, de facto, assim é. Enorme foi o esforço dos senhores diretores e dos membros das suas equipas na gestão escolar de cada Agrupamento de Escolas. Enorme foi o esforço dos assistentes operacionais e técnicos, que, mais uma vez, responderam à chamada convincentemente. Ouvidas que foram as Associações de Pais e Encarregados de Educação e certamente muitos conselhos pedagógicos, as escolas abriram de uma forma sui generis.

Por um lado, há a destacar, entre outras, algumas das inúmeras medidas preventivas no âmbito deste tempo excecional de pandemia para responder às novas exigências, a saber: implementação de planos de contingência, seguindo as orientações das entidades competentes; criação de circuitos de circulação; colocação de dispensadores de álcool gel à entrada das escolas e em cada sala de aula; elaboração de “planta da sala” fixas; reorganização das mesas no espaço dos polivalentes e nos refeitórios; colocação de tapetes desinfetantes; utilização dos balneários apenas como vestiários, antes e depois das aulas de Educação Física; e ainda a utilização obrigatória de máscara, a higienização das mãos, a etiqueta respiratória e o possível distanciamento físico.

Por outro lado, apesar de alcançado o antedito, na maioria das escolas, o governo, mais uma vez, proclamou anúncios que não concretizou defraudando as expectativas das pessoas. Há ausência de um investimento sério na educação, há ausência dos prometidos computadores, do aumento significativo de assistentes operacionais, de professores de substituição, do próprio Ministro da Educação que terá preferido vestir a camisola de Ministro do Desporto.

Em suma, perdeu-se mais uma oportunidade de conceder às escolas alguma autonomia. Fala-se muito em descentralização e mesmo em regionalização, mas tudo continua centralizado na capital e até parece que cada vez são mais as plataformas digitais a preencher pelas escolas. Fala-se muito em confiança, mas, acima de tudo, desconfia-se e descartam-se responsabilidades.  

Texto publicado no dia 10 de setembro de 2020, no jornal ON "Odivelas Notícias" (link)


segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Covid sem educação

Nas indicações tornadas públicas para o próximo ano letivo, a expressão "sempre que possível" surge cerca de 20 vezes nos documentos que chegaram às escolas, contudo há incongruências.

Acontece, porém, que, apesar das medidas anunciadas pelo ministério e na comunicação social (distanciamento social, aumento do crédito horário, desdobramento ou prolongamento do horário escolar, horário de entradas diferenciadas na/s escola/s, cantinas em regime de take away, aulas de Educação Física no final de cada turno), muitas delas não são viáveis, pois carecem de investimento e não se vislumbra tal aposta na educação.

Ora vejamos: Por um lado não há verba para colocar mesas individuais nas salas de aula, de modo a permitir o distanciamento, nem para aumentar o número de funcionários nas escolas, permitindo o prolongamento do horário. Por outro, há as "meias verdades", quer para se conseguir diferentes horários de entrada na escola, pois, em muitas, os alunos deslocam-se de autocarro e ficariam aglomeradamente à espera na entrada dos estabelecimentos de ensino, quer no que diz respeito às aulas de Educação Física no final de cada turno, dado que tal não é matematicamente possível para todas as turmas, quer no que se refere ao aumento do crédito horário, uma vez que o desconto de 50% em cada professor que integre o artigo 79 (redução da componente letiva para os professores que avançam na idade), quando se trata de um corpo docente envelhecido é uma falácia.

Como se tudo isto não bastasse há ainda a salientar a hipótese de take away nas cantinas e o facto de que os professores e assistentes, até aqui, considerados doentes de risco deixarem de ter qualquer salvaguarda e, na eventualidade de não poderem trabalhar, terão que recorrer a um atestado médico.

Por fim, há a referir a rejeição, por parte do governo, à proposta de redução de alunos por turma e à autorização de pequenas alterações no currículo, reduzindo o número de aulas presenciais por semana.

Em termos de educação, bastaria que permitissem que cada AE se organizasse apresentando um plano de contingência, de modo a evitar horários mistos, com o prolongamento do horário de funcionamento das escolas e com o respetivo acréscimo de funcionários. Mais que vergonha. Inadmissível! Revoltante!

Texto publicado no dia 10 de setembro de 2020, no jornal ON "Odivelas Notícias" (link)


sábado, 1 de agosto de 2020

Desconfinamento desajeitado

Mais que vergonha. Inadmissível! Revoltante! 
Alguém anda a brincar connosco declaradamente no âmbito da COVID-19. Um dia dizem uma coisa, noutro dia dizem outra com o argumento de que o comportamento deste vírus é ainda muito desconhecido. Acontece, porém, que, em algumas matérias parece haver um profundo conhecimento, pois dizem-nos que afinal não há transmissão do vírus nos transportes públicos, nem nas salas de aula com os alunos em mesas duplas. Fantástico!
Assim sendo, não se compreende como exigem a distância social nos restaurantes, nos estabelecimentos comerciais, nos ginásios, entre outros serviços. 
Se não fosse uma situação tão séria até dava para rir.
Mas há mais, neste desconfinamento desajeitado: as comemorações do 25 de abril e do 1.º de maio, a autorização da Festa do Avante e ainda o Lay Off diferenciado, os 850 milhões para o Novo Banco, o apoio de 15 milhões de euros aos media. 
Como se isto não bastasse, temos a TAP, que no ano passado viu agravado o prejuízo com as contratações e salários, apesar do recorde de passageiros em 2019, sem COVID. De qualquer forma, infelizmente, estas enormes contradições de quem nos governa não são efeitos da COVID-19, pois antes deste vírus, só nos últimos 12 meses, assistimos, impávidos e serenos: às relações familiares no governo socialista, apoiado pela geringonça; à demissão de um agora ex-ministro acusado no âmbito do caso de Tancos; ao “perdoa-me” à EDP de devolver 73 milhões a consumidores, quando pagamos, na União Europeia, a eletricidade, que, se não é a mais cara, é seguramente uma das mais caras; ao aumento salarial de 700 euros dos juízes conselheiros. 
Enfim, mais do mesmo!
Se por um lado, facilmente se pode reconhecer que o confinamento foi bem feito, por outro, há que o dizer claramente, o bom desconfinamento deve-se sobretudo ao comportamento notável da grande maioria dos Portugueses. Porém, o desconfinamento não pode continuar na base do “quando dá jeito” ou no “sempre que possível”.

Texto publicado em 30 de julho de 2020, no jornal ON "Odivelas Notícias"

terça-feira, 23 de junho de 2020

Eu mudava o currículo (matrizes curriculares)

Sabendo que quem tem o poder de definir a política educativa é o poder político, constata-se que, em Portugal, nos nossos dias, há uma centralização sobre o currículo. Embora a tendência, com a globalização, seja uniformizar a sociedade e, consequentemente, perder-se a individualidade, há que saber preservar e valorizar a identidade, pelo que impera considerar o contributo de todos os intervenientes no processo.
Assim, tendo em conta o triângulo didático currículo, professor, aluno, e sem esquecer a essência de cada um, deve existir uma articulação eficaz entre o poder e aqueles que o influenciam, designadamente, os pais, os parceiros económicos e sociais, os académicos e ainda as editoras, bem como entre os órgãos de gestão, os órgãos intermédios, os conselhos de turma e os professores. 

Neste concernente, facilmente podemos depreender que a elaboração do currículo pressupõe uma negociação, de forma a conseguir-se um equilíbrio entre os mais diversos pontos de vista e a garantir-se os direitos humanos em termos de aprendizagens e da formação dos cidadãos. Tendo em vista melhores resultados escolares, a gestão de recursos e um ensino das disciplinas mais produtivo, é pertinente haver coragem para mudar o currículo. 

Sabendo que um currículo pressupõe escolhas, aqui apresentam-se algumas opções, tendo em vista os mais diversos anos de escolaridade. 

Para começar, atendendo ao atual contexto das diferenças entre os ciclos de estudos vigentes, parece pertinente organizá-los de uma forma diferente, designadamente em três partes: 1.º ciclo, 4 anos de escolaridade (do 1.º ao 4.º ano); 2.º ciclo, 5 anos de escolaridade (do 5.º ao 9.º ano); ensino secundário (do 10.º ao 12.º ano). 

Se relativamente ao 1.º ciclo e ao ensino secundário, em termos curriculares, parece adequado manter-se, no essencial, a atual organização, nos atuais 2.º e 3.º ciclos, correspondentes ao 2.º ciclo agora proposto, é imperioso agir. 

Em primeiro lugar, no 2.º ciclo agora proposto, distinguir, nas componentes do currículo, duas componentes, uma de formação geral e específica e outra de educação física, artística e tecnológica. 
Neste âmbito, seriam de considerar disciplinas de formação geral e específica, as seguintes: Português, Língua Estrangeira, História, Geografia, Matemática, Ciências Naturais e Físico-Química. Nesta formação, a avaliação seria formativa e sumativa, e expressa de uma forma quantitativa. 

Quanto à/s língua/s estrangeira/s, é essencial estabelecer parcerias para se poder garantir que a certificação das respetivas competências dos alunos seja reconhecida no estrangeiro, através de testes internacionais realizados nas nossas escolas ou em entidades parceiras. 

Atendendo à oferta desta componente, as disciplinas de Ciências Naturais, História e Geografia de Portugal, História, Geografia e Físico-Química, deveriam ser distribuídas equitativamente pelo período dos cinco anos previstos, devendo ser obrigatória, pelo menos, a frequência de três por ano. 

Na componente de educação física, artística e tecnológica, seriam de considerar as seguintes áreas: Educação Física, Educação Musical, Educação Tecnológica, Educação Visual, EMRC ou outra e TIC. Nesta componente, a avaliação seria formativa e expressa de uma forma qualitativa. 

Neste contexto, importa garantir a colaboração com as autarquias e as instituições artísticas, de forma a promover a prática, o conhecimento e a apreciação das artes. 

Ainda no que concerne a esta componente de educação física e artística, as disciplinas de Educação Física, Educação Musical, Educação Tecnológica, Educação Visual, funcionariam, obrigatoriamente, em horário distinto do da formação geral e específica. 

Atentos à importância da Educação Física na formação dos jovens, esta disciplina dever-se-ia organizar entre a prática de Educação Física propriamente dita e a prática de uma modalidade desportiva ou de uma outra atividade lúdica, a escolher pelos alunos, sendo distribuída por dois momentos semanais distintos. Tudo isto, essencialmente assente em dois objetivos fundamentais: i) adquirir prazer e hábitos de prática desportiva; ii) sensibilizar para a importância do exercício físico no dia a dia do cidadão. 

Ademais, as áreas que integrariam a componente de educação física, artística e tecnológica, não contariam para a progressão / transição dos alunos, contudo seriam alvo de uma avaliação qualitativa nas reuniões de conselho de turma. Àquelas em que não houver opção dos alunos não seria, naturalmente, exigida a presença do professor, nem tão pouco a sua pronúncia, nas reuniões de conselho de turma. 

A oferta desta componente, nas disciplinas de Educação Musical, Educação Tecnológica, Educação Visual, deveria ser distribuída equitativamente pelo período dos 5 anos previstos, devendo ser obrigatória, pelo menos, a frequência de 2 por ano, sendo que cada aluno deveria experienciá-las todas. 

Acresce ainda referir que também se considera fundamental atribuir um tempo máximo de 30 horas letivas semanais às matrizes curriculares do 5º ao 9º ano de escolaridade. Esta situação permitiria que os alunos tivessem tempo disponível para estudar e facilitaria a organização do seu estudo e de outras ocupações, por parte dos próprios ou dos encarregados de educação. 

Relativamente ao ensino secundário, o funcionamento da Educação Física seria idêntico ao agora proposto para os 2.º e 3º ciclos. Nestes termos, a frequência de Educação Física seria obrigatória, em dois momentos semanais distintos, com exceção daqueles que comprovadamente, por atestado médico, estivessem dispensados, e a sua avaliação qualitativa não entraria na média dos alunos. Aqueles alunos que ponderassem optar pela via de desporto, poderiam requerer, na altura da inscrição, uma avaliação quantitativa à referida disciplina, contando esta para a respetiva média interna. 

Ainda no âmbito do ensino secundário, devem ser claramente assumidas três vias de formação para os jovens, embora se possa admitir que as três permitam o acesso ao ensino superior, a saber: i) ensino centrado na preparação para exames, tendo em conta o acesso ao ensino superior; ii) ensino profissionalizante, tendo em vista as necessidades de formação para o mercado de trabalho a nível local, regional ou nacional; iii) ensino centrado em projetos de trabalho colaborativo e de cidadania. 

Ora, fazer um misto destas opções é que parece demasiado ambíguo e pouco eficaz, pois, neste momento, é solicitada aos alunos uma panóplia de conhecimentos e de ações que os perturba na sua concentração. Hoje em dia, há dois caminhos: ou a via dita “regular”, ou a via profissionalizante, daí a sugestão de distinguir três vias, em que a opção curricular seja evidenciada e que provoque um novo processo no acesso ao ensino superior. Não se pode pedir tudo a todos simultaneamente. 

Concomitantemente, a todos os alunos do ensino secundário deviam ser apresentados projetos nacionais e /ou internacionais, estabelecendo-se parcerias com as universidades, as autarquias, o IPDJ e outras entidades. Consequentemente, a sua participação devia ser reconhecida e declarada e o seu envolvimento devia constituir parte integrante da sua formação, devendo os respetivos diplomas acompanhar as certidões de estudos. É essencial, nesta fase, começar a pensar-se na aproximação das escolas com formação do nível secundário a instituições do ensino superior. 

Paralelamente a tudo isto e atendendo às eventuais dificuldades na implicação do processo de formação dos seus alunos, quer de índole de acessibilidade, quer no alcance de sucesso escolar, cada escola teria que se organizar implementando mecanismos de prevenção do insucesso, de modo a proporcionar um Apoio ao Estudo (complemento facultativo para os alunos), devendo ser atribuídos, para o efeito, tempos semanais aos alunos e professores acompanhantes. No que diz respeito à consolidação de aprendizagens, essa organização tornar-se-á mais sólida se efetuada por ano de escolaridade, em par pedagógico de professores, de modo a incidir em exercícios práticos, com a aplicação de conteúdos, articulados com os respetivos professores da disciplina / turma, tendo por base o diagnóstico. 

Urge dar condições às escolas para que possam cumprir com as suas funções na socialização dos estudantes, na criação de hábitos de disciplina e de conduta social, de modo a que se possam repercutir na vida adulta. 

Atentos ao anteriormente referido, urge reformular os currículos (re)ajustando os programas à nova realidade, bem como redefinir a designação e os grupos docentes e eventualmente redistribuir a carga horária das diferentes disciplinas. 

Por último e no seguimento do antedito, ciente de que houve, no passado, medidas que foram, inicialmente, contestadas por muitos, hoje são bem aceites, importa promover o sucesso escolar, de modo a permitir aos jovens que façam as suas escolhas com êxito, qualquer que seja a sua vocação e os seus interesses.

Texto publicado no dia 7 de janeiro de 20201, no jornal ON "Odivelas Notícias", (link

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Ponte de Lima quer o que tem o seu nome: o rio.

Relativamente à matéria sobre o estacionamento de automóveis no areal, é um facto que nunca houve vontade política pelo/s executivo/s CDS-PP de resolver a situação. 
Em 2009, mais precisamente no dia 15/11/2009, foi apresentada, pelo PSD, para discussão e votação na Assembleia Municipal (adiante AM), a proposta "Um rio próximo das pessoas”, tendo em conta “O rio em Ponte de Lima”. Esta proposta, aliás, foi apresentada em sintonia com o único vereador eleito pelo PSD, à época, o Dr. Filipe Viana, sendo presidente da referida AM, o Dr. Abel Baptista, eleito pelo CDS/PP. 
Em 2011, no dia 25 de fevereiro, foi solicitada pronúncia ao então presidente da AM, para garantir o esclarecimento sobre o cumprimento da proposta “Um rio próximo das pessoas”, aprovada por maioria na AM de 26 de fevereiro de 2010, que refere: “No prazo de um ano, a Câmara Municipal deve apresentar os estudos, de modo a poder gerir e obter um consenso alargado na comunidade local sobre o projecto a implementar.” Da resposta ao requerimento consta que “o estudo engloba distintas componentes: hidrológica, hidráulica, físico-química e biológica” e que “será, consoante as diferentes áreas de especialidade e domínio dos conhecimentos técnicos claramente reconhecido, dividido em três partes”. 
No mesmo ano de 2011, no dia 29 de abril, numa intervenção na AM, foram, por mim, levantadas as seguintes questões: A questão que se coloca é saber porque é que esta AM não foi informada em devido tempo do ponto da situação dos estudos efetuados? A questão que se coloca é saber porque não cumpriu a CM a deliberação da AM? Valerá a pena fazer estas reuniões da AM, se não ligam às nossas deliberações? 
Até hoje, volvidos que estão cerca de 10 anos, desconhece-se qualquer estudo sobre a matéria, contudo a Câmara Municipal de Ponte de Lima, deliberou, por unanimidade, no passado dia 18 de maio de 2020, aprovar a declaração de reconhecimento de interesse municipal - “Projeto de valorização das Margens do Lima” -, sendo que, embora no título sejam referidas “margens”, certamente por lapso de escrita, no desenvolvimento da proposta apresentada apenas consta uma das margens. 
Todavia, da obra feita, relacionada com o rio, há a destacar quatro, na minha opinião, até aos dias de hoje: i) a Ponte de Nossa Senhora da Guia, inaugurada em 1980 e projetada em 1973, ii) o encerramento definitivo do trânsito automóvel na Ponte Romana e Medieval, em 1988 / 1989; iii) a área protegida das Lagoas, em 2000, e consequentes ecovias; iv) a construção do açude, em 2001, conforme Acordo n.º 68/2001. Estes são marcos que distinguem a história recente de Ponte de Lima 
Quanto ao futuro, tendo em conta a obra a realizar, parece-me pertinente dizer claramente não ao estacionamento automóvel no areal. 
O rio é peculiar em Ponte de Lima. Esta vila jamais seria a mesma sem ele, até porque está na origem do seu nome. Por isso, deve ser preservado na defesa da nossa e das futuras gerações, não só por questões ambientais e de defesa do património, mas também estéticas, funcionais e educativas. Estacionamento? Não, obrigado! 
Não será uma tarefa fácil, mas deve concretizar-se, tal como as três atrás mencionadas, que na época também estiveram envolvidas em polémicas. 
Afinal o estacionamento não é, de todo, um ponto de interesse para os limianos ou para quem visita Ponte de Lima. Até porque há alternativas, designadamente, na Guia e no São João. 
O rio e as suas margens são o lugar mais emblemático de Ponte de Lima. Arrisco mesmo dizer que é a sua maior riqueza. Quem vai a Ponte de Lima, vai porque gosta de Ponte de Lima, da sua gastronomia, das suas tradições culturais e sobretudo da sua gente. 
Assim, regressaremos a Ponte de Lima, a antiga Forum Limicorum dos romanos, sem poluição visual, podendo o areal ser devolvido a atividades de navegabilidade, lazer e/ou lúdicas.

In Jornal Altominho, on-line, dia 18 de junho de 2020

domingo, 26 de abril de 2020

Padroeiros de A a Z


Fonte: “Dicionário de Santos”, de Jorge Campos Tavares, Lello Editores, Porto, 1990.

Este dicionário, não só contém uma breve biografia dos Santos, mas também esclarece a indumentária e os seus atributos. Apresenta o conceito e identifica os Anjos, os Apóstolos, os Doutores da Igreja, os Reis Magos.

Seguidamente, apresentam-se os padroeiros ou protetores de artes e ofícios:
Santo
Padroeiro de OU Protetor de OU evocado em…
Adalardo
Jardineiros
Adalgerga
Raparigas casadoiras
Adriano ou Adrião
Militares, carcereiros, algozes, ferreiros, mensageiros e carteiros
Agrícola ou Avinhão
Cegonhas e dos seus ninhos
Aldonsa (v. Alda)
Músicos
Amália, Amélia, Amalberga ou Amalbergue
Homens do mar. E evocada nos casos de luxações dos membros e de iminentes prejuízos nas colheitas
Anastácio de Salona
Tintureiros e tecelões
Andronico de Alexandria
Artífices
Angélico
Todos os artistas, especialmente dos pintores
Antão
Doenças contagiosas e de curas milagrosas
António
Louceiros
Apeles de Génova
Ferreiros
Are de Nevers
Marinheiros do Loire
Arnaldo de Soissons
Cervejeiros
Aquitriclínio
Hoteleiros e chefes de mesa
Bárbara
Artilheiros, fogueteiros e fabricantes de fogo-de-artifício; dos mineiros que lidam com explosivos; dos pedreiros e arquitectos; dos sineiros, tecelões chapeiros. Evocada contra a trovoada.
Basilissa
Hoteleiros e viajantes
Bernardino de Feltre
Prestamistas
Bernardo de Bernward
Fundidores e operários alemães
Bernardo de Aosta
Viajantes e alpinistas
Bernardo de Tiron
Torneiros
Blandina
Servas e criadas, juntamente com Sta Marta e Sta Zita
Bomhomem de Cremona
Alfaiates
Brás de Sebaste
Protetor contra doenças da garganta por excelência; trompetistas
Catarina de Bolonha
Pintores em geral
Cassiano
Maestros; professores
Cirilo de Alexandria
Evocado contra os raios
Clara de Assis
Cegos
Cornélio, Papa
Animais com coroas
Cosme e Damião
Médicos, cirurgiões, farmacêuticos, barbeiros, herbanários e hospitais
Crescente de Sena
Advogado contra a cegueira
Crispim e Crispiniano
Todos os ofícios em que o couro é trabalhado (sapateiros, curtidores de peles, luveiros, fabricantes de selas)
Cristóvão
Automobilistas; aviadores. Evocado contra os acidentes mortais
Damião e Cosme
Médicos cirurgiões, farmacêuticos e veterinários
Dimas (bom ladrão)
Moribundos, condenados à morte, pecadores arrependidos, ladrões, antiquários e ferros-velhos, restauradores de quadros
Donato
Protetor contra raios e tempestades
Drogon ou Druns
Pastores
Dustano ou Dustan
Ourives e dos fundidores ingleses
Elói
Mecânicos
Epifânio de Pavia
Prisioneiros de guerra
Erasmos, Elmo ou Telmo
Marinheiros e evocado nas tempestades marítimas
Estela
Jovens que desejam casar-se
Estêvão
Cavalos, cocheiros, palafreneiros, fundibulários.
Eustáquio
Caçadores
Expedito
Estudantes e a quem ajuda a executar os seus trabalhos, dos candidatos a exames e dos alunos cábulas
Fabião, Papa
Louceiros de cerâmica e estanho
Félix de Nola
Doenças de olhos
Firmino
Tanoeiros e padeiros
Fortunato
Cozinheiros-pasteleiros e gastrónomos
Francisco de Borja
De Portugal contra os terramotos
Francisco de Sales
Imprensa católica
Galderico
Chuva
Gelásio
Comediantes, palhaços, menestréis, malabaristas e mestres de dança
Gengoulph
Maridos enganados
Genova
Cidade de Paris, que terá protegido da fome e dos invasores hunos de Átlia
Gens
Agricultores, evocado contra a seca
Germana
Pastoras
Gertrudes de Nivelle
Hospitais, viajantes e peregrinos
Géry ou Gaugérico
Protetor dos presos e dos escravos
Godo, Gond ou Gand
Luveiros
Gonçalo de Amarante
Promotor de casamento de mulheres já longe da juventude
Guidon ou Guido
Lavradores, sineiros, sacristãos. É protetor de gados.
Honorato
Padeiros e pasteleiros em França
Isabel, de Jerusalém
Serradores de madeira
Isidro, o lavrador
Lavadores e fazendeiros
Ivo de Tréguier
Professores de Direito, juízes, notários, advogados, funcionários judiciais, ou seja, de todos os que trabalham em tribunais
Januário
Ourives
Jerónimo Emiliano
Órfãos
João Evangelista
Impressores, livreiros, encadernadores, negociantes e fabricantes de papel, copistas de manuscritos e gravadores; dos que lidam com fogo e óleo nos seus ofícios (armeiros, fabricantes de velas e proprietários de lagares de azeite)
João Baptista
Alfaiates, peleiros e correeiros; presos e condenados à morte; músicos
João Bosco
Operários aprendizes; considerado o apóstolo da juventude
João da Cruz
Poetas da língua espanhola
João de Deus
Hospitais, enfermeiros e doentes
João Nepomuceno
Barqueiros e confessores
Jorge
Marinha portuguesa
José
Carpinteiros; operários em geral; desalojados que perderam o lar
José de Arimateia
Coveiros, embalsamadores, armadores e gatos-pingados
José de Cupertino
Astronautas
Lamberto ou Lambert
Paralíticos
Leão I (Leão Magno), Papa
Músicos e chantres. Protetor da música sacra
Leonardo de Noblac
Prisioneiros, doidos furiosos; ferreiros e serralheiros; mulheres em labor de parto; cavalos
Lézens d’Angers
Mineiros de ardósia
Libório de Mans
Protetor contra cólicas de fígado, bexiga e vesícula
Lídia
Tintureiros
Lobo de Sens
Pastores
Lourenço
Cozinheiros; bibliotecários e arquivistas
Lúcio de Coire
Vaqueiros e queijeiros
Luís, rei de França
Barbeiros, cabeleireiros e fabricantes de perucas; pedreiros, carpinteiros, costureiros, fabricantes de paramentos; pescadores à linha
Madalena
Pecadoras; perfumistas e jardineiros
Marcelo I, Papa
Palafreneiros. Protetor de cavalos
Marta
Donas de casa
Maturino
Artífices que trabalham o estanho
Maurílio
Jardineiros e pescadores
Mauro
Lavadeiras e branqueadoras
Morando
Vinhateiros
Narciso de Gerona
Evocado para proteção de todo o género de moscas, moscardos e mosquitos
Noitburga
Moças de lavoura
Odão de Cluny
Músicos
Olaguer ou Olegário
Caçadores pouco afortunados
Olívia
Potetora das colheitas de azeitona
Omar ou Audomaro
Protetor contra doenças de olhos
Oportuna de Sées
Chapeleiros; artífices que trabalhavam o estanho e bordadeiras
Paterno
Evocado contra as mordeduras de serpente
Quitéria
Evocada contra a mordedura de cães raivosos
Reinaldo
Pedreiros e canteiros
Rita ou Margarida de Cássia
Evocada nos casos desesperados ou de solução impossível
Romão ou Romano de Ruão
Condenados à morte. Evocado contra o alcoolismo, a loucura e o envenenamento
Romão de Blaye
Marinheiros da Gironda e dos peregrinos para Santiago de Compostela
Sennoch
Construtores de pontes
Tais de Alexandria
Raparigas de vida livre
Telmo
Marinheiros
Teodulo de Sion
Vinhateiros
Ubaldo
Pugilistas e «boxeurs»
Ulrico
Evocado contra a praga dos ratos, toupeiras e ratazanas
Umbelina
Costureiras e bordadeiras.
Urbano, Papa
Vinhateiros. Evocado para curar os terçóis, a gota e o alcoolismo
Urso de Loches
Moleiros
Valburga
Protetora das colheitas
Valentim
Namorados; epiléticos
Veranio
Evocado contra a peste e para exorcizar os possessos
Verana
Parteiras; raparigas de vida fácil; moleiros
Wiligis
Carreeiros e carroceiros

Arte e ofício
Santo/s
Estudantes 1.º ciclo
S. Carlos Magno; Sto. Expedito, S. João Baptista; S. João Bosco; S. Nicolau; Sta. Ângela; Sta. Catarina de Alexandria
Estudantes do ensino secundário
S. Jerónimo; S. Luís Gonzaga; Sta. Catarina de Alexandria; Sta. Úrsula; S. Gregório Magno; S. Tomás de Aquino
Professores primários
S. Cirilo e S. Metódio; S. Cassiano; Sta. Catarina de Alexandria

Entre outros Santos, há a destacar, pela sua História, os seguintes:
Sto. Agostinho (do Norte de África); Sto. António (de Lisboa ou Pádua); Sto. Ambrósio (Gália); Sta. Bárbara (Nicomedia); S. Brás (Arménia); S. Dimas (egípcio); Sto. Inácio de Loiola (Espanha); Sta. Isabel, de Jerusalém e de Portugal; João Evangelista (Betsaida, Mar da Galileia, situada a alguns quilómetros de Cafarnaum); João Baptista (Judeia, Israel); Jorge (Capadócia); José (de Nazaré); Sta. Margarida (Antioquia); S. Meinrad (de Einsiedeln, Suíça); S. Nuno Álvares Pereira (Crato, Portugal); Sta. Odília (Alsácia, França); S. Paulo (de Tarso, Palestina); S. Pedro, apóstolo (da Galileia, Cafarnaum); S. Pedro (de Rates, 1.º Bispo de Braga); Sta. Rita ou Margarida de Cássia (Úmbria, Itália); S. Roque (Montpellier); S. Sebastião (Gália); S. Tiago, o Maior (Cafarnaum); S. Tomás (de Aquino); Sta. Úrsula (de Colónia).