António Costa pediu a demissão no passado dia 7 de novembro, todavia, quem o ouve até parece que foi demitido.
Quer o ainda primeiro-ministro, quer os
seus pares do Partido Socialista (PS) criticam o Presidente da República, como
se este fosse o responsável pela atual crise política! Criticam ainda o Ministério
Público por três lapsos identificados no processo! Mas os factos falam por si.
Estamos perante um primeiro-ministro que
tinha como seu chefe de gabinete Vitor Escária, como seu melhor amigo
Diogo Lacerda Machado, como ministro das infraestruturas João Galamba, todos
nomeados por António Costa. Os três estão envolvidos no processo “Operação
Influencer” e o próprio António Costa, também ele, é alvo de uma investigação
no Supremo Tribunal de Justiça.
O homem da “palavra dada, palavra
honrada” é o mesmo que defende “à justiça o que é da justiça e à política o que
é da política”, mas quando lhe diz respeito dá o dito pelo não dito e pressiona
a justiça. Afinal, isto não é novidade, pois aquando do caso “casa Pia”, em que
outros tantos socialistas estiveram envolvidos, aconteceu o mesmo.
De qualquer modo, e para que conste, há
outros factos que convém relembrar, designadamente, em quatro situações: o que
António Costa fez a José Seguro, ao formar a Geringonça, ao Presidente da
República no caso Galamba e o que fez ao país, pedindo a demissão por suspeita
de corrupção.
Como se isto não bastasse, convém também
recordar três situações deploráveis, no âmbito de governos socialistas, como
foram os pedidos de demissão dos então primeiros-ministros António Guterres, em
2001, José Sócrates, em 2011, e, agora, António Costa, em 2023.