quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

De novo, militante.

Aqueles que me conhecem de agora e de há muitos anos têm-me como social democrata e como militante do PSD e eu também me tenho como tal. Decidi, por isso, refiliar-me.

Estou, de novo, disponível para cumprir com todos os deveres dos militantes, designadamente “ser leal ao Programa, Estatutos e diretrizes do Partido, bem como aos seus Regulamentos”. 

Em janeiro de 2015, volvidos 25 anos de militância ativa no PSD, com o n.º 11 625, desde 07/04/1989, apresentei a minha renúncia à militância por não me sentir capaz de cumprir com todos os deveres dos militantes que constam nos estatutos do partido, por considerar que a liberdade política, a igualdade económica e a solidariedade social (os três valores essenciais da social democracia) estavam comprometidos, havendo necessidade de regressar à matriz social-democrata como a defendida desde a sua fundação.

Entristeceu-me e perturbou-me em demasia a fraqueza da palavra dada pelo atual Senhor Presidente do PSD, sendo que prometeu na campanha eleitoral o que não cumpriu enquanto primeiro ministro de Portugal. 

Nas atuais circunstâncias, uma vez que haverá mudança na liderança e somos desgovernados por uma “gerigonça” que não faz sentido, atendendo à falta de rumo e à demagogia, à falta de carácter dos partidos de esquerda, entenda-se BE e CDU, que no passado criticavam tudo e todos e agora, embora parecendo pretender criticar, estão deveras comprometidos com a atual governação e dão o dito por não dito. 

Nas atuais circunstâncias, o atual desgoverno parece única e exclusivamente obcecado em desfazer o que o governo anterior fez de bem e de mal nas mais diversas áreas. 

Sempre entendi e entendo que, num estado de direito democrático, cada cidadão deveria ter vigor na denúncia e acreditar na ideologia: denunciar tudo o que não siga as normas da coerência, honestidade, seriedade e carácter políticos; acreditar poder viver onde todos decidem, como se fossem um todo, no interesse de todos. 

Face ao exposto, optei pela refiliação, sendo que admito divergências, mas entendo não dever abdicar dos meus valores e convicções.

Por fim, agradeço à Dra. Emília Santos, deputada da nação e vereadora da educação na Câmara Municipal da Maia, por se ter disponibilizado para ser minha proponente. 

Maia, 11 de janeiro de 2018