sábado, 9 de fevereiro de 2019

Os confiáveis


Actualmente, muitos são os que estão a contabilizar quem são os que mais falham e lançam vários nomes para a discussão, no entanto, quando o fazem, esquecem-se dos que são do seu quadrante político. Acontece que, infelizmente, são vários os políticos comprometidos com os valores da seriedade, honradez e ética políticas.
Até este momento, desde o 25 de Abril de 1974, foram presos apenas três: José Sócrates (ex primeiro-ministro), Armando Vara (ex ministro e homem poderoso da banca), Isaltino Morais (ex ministro e actual presidente da Câmara de Oeiras). Por referir este sector, não se pode deixar passar em claro aquele que também, eventualmente, irá parar à cela 44 ou outra qualquer, Ricardo Espírito Santo, pelos danos causados ao país e aos lesados do BES.
Todavia muitos outros são hoje falados, como Manuel Pinho (PS), e mais recentemente o caso Robles (BE) e o caso “genro de Jerónimo de Sousa” na Câmara liderada por Bernardino Soares (CDU). Além disto, há ainda a referir que os arguidos no “caso dos submarinos” foram absolvidos.
Entretanto, entre os políticos portugueses acusados e/ou condenados por crimes, há-os em vários quadrantes: Arlindo de Carvalho, Duarte Lima, Macário Correia, José Oliveira e Costa e Valentim Loureiro (PSD), Fátima Felgueiras, Mesquita Machado, Narciso Miranda e Nuno Cardoso (PS), Avelino Ferreira Torres (CDS).
De facto, todos ficam mal na fotografia e não há inocentes, contudo é sempre perigoso generalizar. Por um lado, nos dias de hoje, somos levados a crer que há incompatibilidades na coexistência de homens de grande estirpe social e moral, entre muitos dos que nos governam. Por outro, importa denunciar o que não corresponde a normas da coerência, honestidade, seriedade e carácter políticos e importa acreditar poder viver onde todos decidem como se fossem um todo no interesse de todo.
Assim, sabendo que não há inocentes e que até provas em contrário são todos pessoas de bem, não há necessidade de criticar apenas os que não são do nosso quadrante político. Infelizmente há-os por todo o lado! Mesmo que seja com um dos nossos devemos assumir a situação e reprová-la.

Notas:
1. Texto escrito sem A.O.
2. Hiperligações:
2.1. Políticos portugueses acusados por corrupção (https://www.youtube.com/watch?v=QOANOh1Y3Jg)
2.2. Políticos portugueses condenados por crimes
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Pol%C3%ADticos_de_Portugal_condenados_por_crimes)

1 comentário:

Manuel Pereira. disse...

Gostei mesmo, amigo, e percebi o recado. Para que conste, já venho fazendo o que aconselhas. Gostei mais ainda da negação do acordo ortográfico, que ninguém consegue cumprir integralmente. Obrigado.