terça-feira, 6 de abril de 2010

TGV – um adiamento prejudicial

Com o adiar da construção do TGV (transporte ferroviário de grande velocidade), previsto no PEC (programa de estabilidade e crescimento), facilmente se pode concluir que o congelamento de terrenos a nível nacional prejudica claramente a qualidade de vida das pessoas. Por onde estão previstos passar os corredores deste transporte de alta velocidade, não se pode mexer nos terrenos, pelo que o congelamento implica que fique tudo parado.

Relativamente ao concelho de Ponte de Lima, sabe-se que o Município enviou uma missiva ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, pedindo a suspensão das Medidas Preventivas do troço do TGV Porto – Vigo, contudo na última sessão da Assembleia Municipal o senhor Presidente da edilidade limiana não comentou o convite que lhe foi feito para assinar a petição online “ TGV? NÃO, OBRIGADO!” dirigida à mesma entidade e com o mesmo objectivo. Trata-se de uma petição suprapartidária e permitirá (com 1000 assinaturas) o acesso directo à Assembleia da República. Esta iniciativa, no âmbito de uma cidadania sadia, promove uma ampla discussão com quem de direito a fim de todos ficarem sensibilizados para os reais problemas que afectam as pessoas.

Sabendo que este é um dos piores problemas que o concelho terá de enfrentar nos próximos tempos, e considerando que as duas iniciativas têm objectivos comuns – impedir que o traçado passe pelo concelho de Ponte de Lima, evitando, assim, consequências gravíssimas com quebras irreversíveis quanto ao desenvolvimento sustentado do concelho – faz todo o sentido assinar a referida petição em http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1230 .

Este “chutar para a frente” por parte deste governo socialista tão só não resolve o problema, como também provoca nas pessoas uma elevada ansiedade e compromete seriamente os projectos de vida de cada um.

1 comentário:

Opinio firma disse...

"A QUEM VAI SERVIR O TGV
· Estádios de futebol, hoje às moscas,
· TGV,
· novo aeroporto,
· nova ponte,
· auto-estradas onde bastavam estradas com bom piso,
· etc. etc.
A quem na verdade serve tudo isto?
PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM

A QUEM VAI SERVIR O TGV ...
1. AOS FABRICANTES DE MATERIAL FERROVIÁRIO,
2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS E ....CLARO,
3. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA ...

OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS - ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS
POR CAUSA DE MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !

Experimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.
Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.

A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.

Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superavites orçamentais, seriam mesmo uns tontos.

Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas,
· na qualidade do seu Ensino Superior,
· nos seus museus e escolas de arte,
· nas creches e jardins-de-infância em cada esquina,
· nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.

Percebe-se bem porque não
· construíram estádios de futebol desnecessários,
· constroem aeroportos em cima de pântanos,
· nem optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.

O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.

É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).

É por razões de sensatez que não o encontramos
· na Noruega,
· na Suécia,
· na Holanda
· e em muitos outros países ricos.

Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.

Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.

Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:

- 1000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil obsoletas e subdimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).

E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária.

Cabe ao Governo reflectir.

Cabe à Oposição contrapor.
Cabe-lhe a si participar"