quarta-feira, 17 de março de 2010

PSD vai a votos

O congresso do PSD realizado em Mafra contou com a presença e intervenção dos ex-líderes do partido Marcelo Rebelo da Sousa, Pedro Santana Lopes, Luís Marques Mendes e Luís Filipe Menezes, o que demonstra a vivacidade e o grande sentido de responsabilidade que este partido possui na sociedade portuguesa.
De facto, a crise instalou-se em Portugal e urge alterar esta situação dando sinais claros de uma esperança renovada. É certo que um novo ciclo está garantido no percurso do PSD, dado que qualquer um dos três principais candidatos pertence a uma nova geração da política portuguesa, mas há uma pergunta que se impõe: quem será o futuro líder do PSD?
Antes de mais, convém realçar a lisura que os candidatos à liderança têm incutido na transmissão das suas ideias. De facto, qualquer um dos três tem perfil para exercer melhor a liderança que a actual líder do partido, qualquer um dos três tem perfil para ser melhor primeiro-ministro de Portugal do que o actual, dada a seriedade e a insusceptibilidade que os caracteriza, não só em termos da sua formação académica, mas também no que diz respeito a negociações duvidosas e a ligações perigosas.
Pedro Passos Coelho, o primeiro a anunciar a candidatura, decidiu traçar o seu caminho apresentando o livro “Mudar” com a sua análise e propostas de solução relativas ao nosso país. Tem revelado ser genuíno, autónomo e responsável e tem siso coerente com os princípios e valores que advoga, sendo um prenúncio claro de profunda renovação no seio do PSD.
Paulo Rangel, o mais novo no partido, anunciou a sua candidatura com uma discurso forte, aguerrido e de ruptura, contudo revelou alguma falta de lealdade para com Pedro Aguiar Branco com quem, pelos vistos, havia acertado comunicar previamente a sua decisão. Ao analisarmos as suas intervenções nesta caminhada rumo à liderança deparamo-nos com um conjunto de intenções muito válidas (baixar o défice e criar melhores condições de vida para todos), só que ainda não revelou como o vai conseguir.
Pedro Aguiar Branco, um excelente parlamentar, acusa o desgaste da forma como a actual direcção geriu o partido e representa muitos dos que estão agarrados ao partido há demasiados anos sem trazer qualquer índice de novidade.
Castanheira Barros, o quarto candidato nesta corrida à liderança, apenas representa a pluralidade democrática vigente no partido, mas está, naturalmente, fora de jogo.

In Cardeal de Saraiva (19 Março) e Alto Minho (18 Março2010)
José Nuno Araújo

2 comentários:

Marco Araújo disse...

Parabéns, Zé Nuno. É óptimo poder ler os teus pensamentos. Não faltou aí um último parágrafo começando, por exemplo, com "Da minha parte..."? :)

Saudações Laranja!

Opinio firma disse...

Marco,
Da minha parte, informo-te que apoio PPC (sou director de campanha em Ponte de Lima). Entendi não colcoar o dito parágrafo, porque entendo que um jornal não é para campanha gratuita...
Abraço