sexta-feira, 13 de maio de 2011

Urge Mudar

A recessão em Portugal, o único na União Europeia, é oficial e mais profunda do que tinha sido previsto. Uma verdadeira vergonha! Tanta mentira nas contas públicas! Afinal já dizem que o défice do ano anterior é de 9,1% do PIB. Ninguém sabe se ficará por aqui?
Se a maioria dos cidadãos consegue gerir de uma forma eficaz os seus orçamentos familiares, garantindo mesmo algumas poupanças, como é possível tamanho desequilíbrio nas contas públicas? Não há dúvida que há benefícios a mais para quem gere e há falta de eficácia na fiscalização.
Esta ideia de que os gestores públicos e/ou do estado têm que ter cartões de crédito ilimitados e ordenados equivalentes aos do sector privado não me convence. Não consigo compreender como é que a gestão pública de um país consegue dar prejuízo. Não consigo compreender qual o sentido de existirem empresas públicas que não geram lucro.
É possível vivermos bem, se conseguirmos adaptar as nossas necessidades às nossas possibilidades. Para o efeito temos de ter mais hábitos de poupança, temos de ser mais moderados no consumo, temos de saber distinguir o imprescindível do prescindível, temos que nos envolver no processo, cumprindo com as obrigações fiscais e cívicas.
Urge mudar de atitude face às contas do estado. Urge falar verdade e ter espírito de serviço público.
Quem não sabe gerir não pode governar!
Ao aproximarmo-nos de mais um acto eleitoral, convém reflectir sobre a acção governativa e sobre as candidaturas que se apresentam a eleições. A CDU nunca mudou e não será agora, que é imperioso mudar, que o irá fazer. O BE não aprendeu com os erros e ao recusar negociar com a Troika, por mais legítima que seja a sua opção, marginalizou-se desta corrida. O PS não mudar de líder e fez mal porque o actual enganou uma grande maioria dos portugueses, mentiu e contradisse-se em várias comunicações ao país e já deu provas que não consegue alterar o rumo do défice. O PP mantém a sua liderança e optou por não alterar significativamente as suas listas, nem tão pouco aprovar os PEC´s sabendo previamente que a sua anuência estava garantida. O PSD, com um programa arrojado e inovador, surge renovado, incluindo no distrito de Viana do Castelo, com Carlos Abreu Amorim como cabeça de lista, um toque de qualidade e mais-valia capaz de enriquecer o distrito e a discussão política.
Todos devemos de ser mais exigentes com aqueles que nos representam na Assembleia da República e com o(s) serviço(s) a que temos direito e que o Estado nos apresenta. Ser exigente, implica participar, por isso não votarei em branco, porque, nesse caso, estaria a permitir que outros escolhessem por mim. Vou votar e estarei atento.

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