“Nem os
portugueses merecem castigo, nem a austeridade é inevitável” P10
“Assim, prometendo
em campanha uma política fiscal, mas fazendo exactamente o seu contrário, os
políticos desacreditara a democracia” P20
“Os cidadãos
revoltam-se, com razão, pois vêem que as políticas implementadas são
exactamente as contrárias ao que é necessário” P33
“Neste
modelo de negócio, os riscos correm sempre por conta do Estado, mas os lucros
são garantidos aos privados através de rendas pagas ao longo de décadas. Desta
forma, as PPP hipotecam de forma criminosa os impostos de várias gerações” P42
“Não é admissível
que, na hora de poupar, sejam sacrificados os mais humildes, enquanto os grupos
económicos que mais têm vivido da manjedoura do Estado parecem ficar imunes”
P49
“Cada vez
mais os cidadãos sentem que a política e os políticos não lhes trazem soluções
prometidas e necessárias para promover a sua qualidade de vida e a dos seus
filhos” P 117
“Os eleitos
devem sentir-se obrigados a honrar e a implementar o programa vencedor. Não há
desculpas para não cumprir, nem mesmo o desconhecimento da realidade concreta” P
118
Vale a pena
ler:
“Os mangas
de alpaca” P25 a 30
“Poder local
democrático… mas pouco” P 63 a 66 e 105 a 108
“A queda do
muro de Berlim” P 122 a 124
“Liberdade,
Igualdade, Fraternidade” P124 a 127
Em “A saída
da crise” (P129-145), o caminho passa por: i) o combate eficaz à corrupção; ii)
transparência na vida pública; iii) leis claras e simples; iv) uma justiça
eficaz; v) uma solução justa para o défice; vi) o combate ao desperdício; vii)
uma nova classe dirigente.
Ao longo do
livro são ainda apresentadas várias sugestões para o futuro:
1. "há
que aumentar a transparência da vida pública, para que todos possamos
facilmente aceder à lista dos maiores fornecedores do Estado Central ou das
Câmaras” ( p16);
2. “há
que promover a simplificação de todas as leis relativas aos sectores que têm
maior relevância económica , como o ordenamento do território, o urbanismo, a
construção, o ambiente ou a defesa” (p17);
3. “há
que reorganizar o aparelho de justiça para que os tribunais actuem (…) a nível
criminal (…) e no sentido de promover a devolução à comunidade dos bens que a
corrupção lhes subtrai” (p17);
4. Tributar
“o património imobiliário dos especuladores (…) as fundações-fantasma (…) os
rendimentos de capital”, uma vez que estão isentos de IMI, IMT, IRC (p28);
5. “Urge
extinguir as dezenas de organismos inúteis (…) como a ERC, a CNE, o INATEL e
tantos outros. Mas também é indispensável reduzir a dimensão da classe política
– começando no Parlamento e acabando nas Câmaras e Assembleias Municipais –
pelo menos para metade” (p30);
6. “a
expropriação da ponte Vasco da Gama, devolvendo aos privados o que lá
investiram” (p43);
7. “Relativamente
aos contratos juridicamente válidos, há que proceder à sua apreciação em termos
económico-financeiros. (…) O governo dispõe de três opções: (…) renegociação; (…)
expropriação por utilidade pública dos equipamentos; (…) ampliação dos prazos de
cada contrato” (p48);
8. “temos
de libertar o povo português deste jugo, se necessário abolindo o negócio das
PPP” (p49);
9. “as
fundações públicas devem ser extintas e as fundações privadas sem recursos têm
de mudar de regime” (p51).
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