quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ambiente: Desenvolvimento Sustentável.


Terminada a Cimeira do Clima em Copenhaga, as expectativas de um acordo vinculativo entre os vários intervenientes falharam, pois os líderes dos países envolvidos não o conseguiram alcançar.

Ao constatarmos que, no passado, tendo em conta a evolução dos tempos, o ensino tradicional não fez despontar no Homem comportamentos ajustados a salvaguardar a sua sobrevivência, é urgente uma mudança de atitudes e comportamentos em prol do ambiente, daí ser oportuno intervir a nível da Educação Ambiental. Trata-se, no fundo, de um investimento para o bem de todos, garantindo a formação necessária, de modo a garantir a eficácia desejada, pelo que urge fazer-se uma forte campanha de sensibilização nas escolas, nas juntas de freguesia, nas empresas, nas mais diversas instituições recreativas, desportivas, humanitárias e sociais, na comunicação social local e nacional.

Na certeza de que quanto mais se fizer pelo Ambiente, mais qualidade de vida teremos, há um conjunto de iniciativas que imperam nos nossos dias, mas que devem ser tomadas alicerçadas no princípio do desenvolvimento sustentável, nomeadamente: investir na recolha selectiva do lixo porta a porta, criar meios de separação mais eficazes nos espaços públicos, proceder-se à recolha e reutilização da água da chuva, tratar-se devidamente os resíduos verdes, reforçar a rede de ecopontos para a recolha selectiva de materiais. Simultaneamente a todo este processo, constata-se que grande parte dos cidadãos reúne condições para tratar directamente os resíduos verdes através da compostagem.

Resta-nos, assim, pôr em prática o que reconhecemos na política dos 4 R's (Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Recuperar) que funciona como chave para quem quer ser um verdadeiro defensor do meio ambiente. Urge agir no sentido de diminuir a quantidade de lixo que vai para os lixões, fomentar a poupança dos recursos naturais, promover a redução da poluição, dando, deste modo, um contributo para o desenvolvimento sustentável, alicerçado na dignidade da pessoa humana e tendo em conta as componentes económica, social e ambiental. Em suma, resta-nos tomar medidas no nosso território no domínio do seu ordenamento, promovendo a conservação de energia e a eficiência energética, bem como recorrer a energias renováveis mais sustentáveis.

Se todos nós fizermos a nossa parte, além de preservaremos a natureza, viveremos num mundo melhor. Uma vez que não podemos ser o Oceano, sejamos apenas uma Gota, mas façamos o que está ao nosso alcance, pelo mais pequeno que seja. Usemos as ferramentas, novas tecnologias e condições que nunca tivemos para podermos garantir o futuro das próximas gerações.
José Nuno Araújo
J. Nuno Vieira de Araújo
In Cardeal de Saraiva, 5Fev2010

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